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O feedback facilita a comunicação e a performance, se o processo for adequado

O mundo é rápido e dinâmico e as relações de negócios seguem cada vez por este caminho. As pessoas querem saber logo como estão indo no seu trabalho. Desejam saber como estão os resultados das suas atividades. Essa ideia de esperar um ano pela avaliação de desempenho não é mais aceita pela maioria dos profissionais. Esse tempo é considerado muito longo. Tornou-se difícil também concordar apenas com o que a liderança diz para ele, sobre ele. Deseja saber como seus colegas pensam, o que seus colaboradores acham, assim como ter a oportunidade de falar sobre o que precisa, argumentar as facilidades ou dificuldades que sua liderança proporciona para que seu trabalho avance. Enfim, deseja que a comunicação flua rapidamente e que o feedback seja frequente para que possa reorganizar o fluxo das atividades e resultados em busca do sucesso profissional.

O desejo e a ansiedade de saber “como está na foto” é maior do que a facilidade com que este processo ocorre. As relações entre as pessoas são complexas e muitos aspectos fazem parte destas conexões. Vamos fazer um recorte e ampliar um dos aspectos que impactam sobremaneira nos resultados das pessoas, das equipes e, por consequência, das organizações: o feedback.

Ele é o mecanismo por excelência que facilita a comunicação e que confere se a informação passada e a recebida são as mesmas, facilitando a eficácia do processo. O feedback informal acontece em toda trajetória humana, desde o nascimento, onde choros, sorrisos, palavras, ações, gestos, visam comunicar o que está ocorrendo com a pessoa no momento, buscando mudança ou afirmando o desejo de continuidade. Assim, feedback é um processo de ajuda para mudanças de comportamento; é comunicação a uma pessoa ou grupo, no sentido de fornecer-lhe informações sobre como sua atuação está afetando outras pessoas.

Dar e receber feedback é um dos principais processos reguladores para que o fluxo interpessoal eu-outros ocorra de forma produtiva e promova o desenvolvimento dos envolvidos no processo. A troca de feedback constitui uma das habilidades interpessoais imprescindíveis ao funcionamento produtivo de um grupo em qualquer contexto.

Apesar de sua importância, é um processo difícil nas relações humanas, principalmente em culturas baseadas na competitividade. Isto ocorre por compreender dois movimentos em que as pessoas envolvidas podem se perceber como expostas a si e aos outros.

No movimento de receber feedback, o participante pode sentir-se exposto e vulnerável a críticas; a mensagem do outro pode evidenciar suas deficiências e a sua imagem e/ou status podem ficar comprometidos. Por outro lado, no movimento de dar feedback a pessoa que o faz se expõe também, revelando seus próprios pensamentos, percepções e sentimentos de como o comportamento do outro o está afetando. Isso pode levar o emissor a sentir-se incomodado com a possibilidade de ferir o receptor, dos sentimentos de mágoa ou raiva que podem advir da sua fala ou de ser mal interpretado pelo outro e as consequências que poderão advir. Em vista disso, muitas vezes a pessoa pode evitar dar feedback ou ter cuidado excessivo ao falar sobre os comportamentos do outro, bem como cuidar na exposição dos seus pensamentos e sentimentos, buscando evitar magoar ou proteger-se de mágoas.

Desta forma, feedback interpessoal refere-se à informação do impacto que o comportamento de um participante, causa no outro. Essa não é uma habilidade fácil e simples de ser executada, por isso exige prática, sensibilidade e respeito pelo ser humano.

Dicas a serem consideradas:

  • agir de maneira cordial; usar um tom de voz adequado, sem ser impositivo ou agressivo; ter empatia e sensibilidade para se colocar no lugar do outro, enquanto estiver dando o feedback; o respeito à pessoa devem estar sempre presentes. Lembrar de iniciar destacando os aspectos positivos, os acertos da pessoa, antes do que precisaria ser revisto.

  • apontar especificamente os comportamentos observáveis e os impactos, ou ainda, processos de trabalho que realmente precisam ser modificados. Com isso reduz-se a necessidade de reagir defensivamente e a pessoa pode sentir-se mais tranquila para escutar. É importante evitar comentários sobre valores, crenças pessoais e termos que desqualifiquem a pessoa.

  • Preparar-se para transmitir e receber feedback, ou seja, é necessário ter tempo para ouvir as respostas do outro; pode ser altamente destrutivo quando satisfaz somente as necessidades do comunicador sem considerar as necessidades de quem está recebendo as informações.

  • solicitar que o receptor repita o feedback para ver se e como ele entendeu o que foi dito. Quando ocorre num grupo, ambos têm oportunidade de verificar com os outros membros a extensão do feedback; se é uma impressão individual ou compartilhada por outros.

  • ao receber o feedback dar abertura para que as pessoas possam falar; ouvir atentamente; ser humilde para reconhecer que há aspectos que merecem ser revistos; evitar contestar ou corrigir a observação; lembrar-se que o feedback é sobre o comportamento ou atividade que desenvolve com alguém e não sobre sua identidade pessoal; entender que o feedback é um momento rico para autoanálise; evitar justificar as ações; solicitar percepções de outras pessoas, agradecer e refletir.

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