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Mundo novo - pensamentos novos

O pensamento cartesiano desenhou empresas para alcançar a excelência na reprodução das mesmas coisas. Este modo de pensar conduziu a gestão e o crescimento dos negócios durante o século passado.

O século 21 é marcado por mudanças de contexto e de estrutura que estão provocando o surgimento de novos paradigmas e transformações disruptivas. Os novos modelos empresarias buscam criar o negócio ideal, enquanto o modelo tradicional prioriza a eficiência para o já existente. Este, almeja dirigir, administrar e disciplinar a interação, enquanto que os novos modelos permitem errar, usam a interação para testar, aprender e evoluir. Assim, visualizam que a vantagem competitiva está em mapear necessidades e entregar uma proposta de valor relevante para as pessoas e não só no aprimoramento dos processos ou produtos.

Iniciamos este século saindo de um mundo de problemas que são resolvidos de modo linear, onde tudo é uma questão de análise e eliminação da incerteza. Entramos em um mundo de diferenças, de dilemas, de constantes e contínuas mudanças. A instabilidade empresarial se tornou o "novo normal" nos negócios. É por isso que o momento atual é considerado a VUCA (volatility, uncertainty, complexity e ambiguity) das condições e situações gerais. O ambiente presente exige paciência e engajamento com a incerteza, bem como orientação, processo de decisão e um conjunto de habilidades diferentes.

Muitas organizações enxergam este novo caminho, mas não sabem como andar por ele, pois não é possível utilizar velhos mapas para novas estradas.

A tendência é trazer para o presente os modos de pensar e de agir que não são a melhor maneira para os dias atuais e, principalmente, para o futuro. O presente é o fator que conecta o passado ao futuro. Pensar de forma inovadora é aproveitar o que há de melhor no presente para que ele possa fazer sentido no futuro. Assim, os negócios devem aproveitar a eficiência que o pensamento lógico proporciona e conectá-la ao pensamento intuitivo. Com isso as soluções propostas unirão a produção em escala e o fator humano, impactando de forma relevante a sociedade e proporcionarão resultados que irão além da corporação empresarial, fazendo-a crescer de forma sustentável.

Há muito é dito que um dos comportamentos do líder é subir na árvore para olhar mais longe, descer e comunicar ao seu grupo o que vê, orientar o melhor caminho e como percorrer a jornada. Esta metáfora proporciona espaço para reflexões e muitos diálogos. Gostaria de me ater agora na parte que o líder sobe na árvore e tem a possibilidade de ver, de saber o que há lá na frente. Considerando este aspecto, bem como ter o poder formal que o cargo investe, cabe a ele orientar a empresa, o seu grupo, este novo modelo de mundo e a importância de integrar o pensamento lógico ao intuitivo na cultura empresarial.

São os profissionais da gestão que permitem, orientam e estimulam que esse tipo de pensamento ocorra, se dissemine nas organizações e se transforme em ações. Para tanto não podem ser gestores que desenvolveram suas competências apenas modelando seus antigos gestores. Precisam daquelas experiências, mas agregadas às competências alinhadas a esse novo modelo de mundo, ou seja, serem gestores thinkers.

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